domingo, 6 de novembro de 2011

Educação: aprender a aprender




Precisa-se aprender a viver em sintonia com as novas necessidades de uma sociedade em constante transformação. A educação, além de trabalhar com os saberes, deve possibilitar a interação do indivíduo com o mundo ao seu redor, com as novas formas de comunicação, com as pessoas e consigo mesmo. A educação baseia-se em: aprender a conhecer; aprender a fazer; aprender a conviver e aprender a ser.

Educação: um processo em construção a cada dia




Segundo Freire (1987, p. 45) “Ensinar é uma especificidade humana”. Sen­do uma especificidade humana, entende-se que ensinar deve ser um “ato de paixão, amor, dedicação, competência e comprometimento”.
Nos dias atuais, existe uma grande preocupação para que a educação chegue para todos, e proporcione condições para que os indivíduos atuem como sujeitos na sociedade. Percebe-se que a educação deve preparar os indivíduos para as transformações que estão ocorrendo nessa sociedade.
A importância da educação como uma das alavancas que possa con­tribuir para a formação de um sujeito mais participativo nas tomadas de decisões da sociedade é destacada como algo importante para o espaço educacional.
Torna-se indispensável, dentro desta perspectiva educativa, que todos, educadores ou não, reconheçam a educação como um projeto social importante. Por isto, a educação precisa ser cada vez mais considerada como um dos componentes que podem contribuir de forma significativa com a formação de sujeitos responsáveis com determinadas funções na sociedade. Sendo assim, fundamenta-se, então, a necessidade de participação de todos os envolvidos no processo educacional, nas decisões que arrolam a continuidade e o aprimoramento desse processo, a fim de que se efetive um maior envolvimento com o destino da educação e sua própria prática cotidiana (MINASI, 1997).
Portanto, a educação dessa forma deve ocorrer em função do conhecimento de nós mesmos em relação ao mundo, e deste em relação a nós. Não deve haver edu­cação sem a construção do conhecimento, e conhecer algo significa estar no mundo, e estando no mundo agir sobre ele. Portanto, a escola para cumprir esse papel e construir no­vos valores e atitudes diferentes, deve ter suas ações voltadas para a construção e socialização de conhecimentos mostrando novas possibilidades de leitura de si e do mundo.

Educação e as novas tecnologias




O constante avanço tecnológico influencia a sociedade contemporânea e exige novas competências de formação profissional e de acesso e gestão da informação na Educação. É necessário entender que as inovações tecnológicas são instrumentos mediadores das relações sociais nas diferentes dimensões Humanas na sociedade da comunicação e informação.
A evolução da área da informática permite a mediação do computador e da Internet nos processos de ensino e aprendizagem com integração pertinente na Educação.
O processo de interação, mediado ou não por computador, na contemporaneidade segue uma lógica particular. Segundo Maffesoli (1996), as chamadas relações sociais, as da vida corrente, das instituições, do trabalho, do lazer, não são mais regidas por instâncias transcendentes, a priori e mecânicas; assim como não são mais orientadas por um objetivo a atingir, seja delimitado por uma lógica econômico-política ou determinado em função de uma visão moral. Tais relações sociais passam a ser estruturadas por meio de ações vividas no dia a dia, de uma maneira orgânica, e estão cada vez mais voltadas para o que é da ordem da proximidade. O laço social torna-se emocional.
O termo interação mostra a sua força, pois são as possibilidades de trocas interindividuais que permitem, ainda, a comunicação e a conservação do saber, como o confronto e a discussão das observações, experiências e pontos de vista diversos. Ademais, o conhecimento e o pensamento dispõem de um poder de organização complexo que é próprio ao pensamento, permitindo ligar dialogicamente a luta contra a incerteza ao combate contra a certeza. Dessa maneira, o conhecimento necessita de modo conjunto e interdependente de experiência e de experiências, de confrontos, de diálogos, de debates, de discussões, de acordos e conflitos para lutar contra os seus inimigos internos e externos.
Ensinar hoje exige do professor uma tomada de consciência e de decisões, pois o mesmo deve ter comprometimento com liberdade e autoridade. Exige a compreensão de que educação é uma forma de intervenção no mundo sabendo escutar e reconhecer que a educação é ideológica, tendo uma percepção clara de sua prática educativa e mais do que nunca, a necessidade de disponibilidade para o diálogo.
O educador deve ter discernimento sobre concepções pedagógicas, métodos e conteúdos que são adequados á condução dos aprendizados desejados, entendendo a educação como um processo dinâmico, além de procurar elevar a auto-estima do aluno, assumindo a condição de mediador na construção de conhecimentos junto aos alunos e não de transmissor de informações. Busca coerência, no exercício de seu trabalho, entre suas atitudes e os valores que ensina a seus alunos.